terça-feira, 1 de junho de 2021

Melhorando as Armas dos personagens

Saudações, caríssimos aventureiros, mestres e taverneiros!

Peguem seus canecos de cerveja, porque hoje vou falar sobre armas. Afinal, velhos guerreiros sempre gostam de discutir sobre armas...

 Sempre gostei de história militar, especialmente a medieval (ainda vou escrever um wargame medieval, no estilo de Chain Mail... me aguardem), e sempre que posso tento usar os conhecimentos que adquiri em minhas leituras para enriquecer as descrições nas aventuras. 


Uma maneira bem legal de fazer isso é caprichar na descrição das armas. Dependendo do grupo, isso aumenta o interesse dos jogadores e a imersão, sendo ótimo para o roleplay.

Se ninguém fizer ou disser nada, a tendência é que as armas dos jogadores acabem ficando bem "genéricas"... por exemplo, tem um jogador com um personagem guerreiro que tem uma espada longa (1d8 de dano) e um paladino com um martelo de guerra (1d10), e um elfo guerreiro-mago armado de arco e flechas (1d8). 

Bem genérico, como eu disse. 

É mais legal e imersivo dizer que o guerreiro tem uma espada longa forjada com aço negro e com espigas no guarda-mão e no punho, de modo que se ele usar estas partes da espada para bater no inimigo ele causa 1d4 de dano. 

O martelo de guerra do paladino foi forjado pelo próprio Rei sob-a-Montanha e lhe foi dado como presente por ter ajudado seu povo a enfrentar um dragão, e ele tem uma cabeça de carneiro esculpida. 

O arco do elfo é na verdade um arco longo feito de teixo, com 1,80 m de altura e com puxada de 80 libras de força, o que faz com que suas flechas, se forem do tipo "flecha-punhal" (bodkin arrows), perfurem armaduras de placas metálicas (ou seja, o jogador pode diminuir o valor de TAC0 do elfo quando ele usar esse arco). Eu, como mestre, dou bônus de dano para as armas com descrições criativas que os jogadores façam. Outra ideia interessante para arqueiros é descrever diferentes pontas de flecha e seus diferentes efeitos nos alvos (existem pontas de flechas para furar armaduras, para quebrar escudos, para fazer sangrar, e por aí vai - cada uma poderia gerar danos diferentes, talvez até danos contínuos por vários turnos)



A mesma coisa vale quando o mestre vai interpretar um ferreiro que vende armas para os jogadores. 

Por exemplo, não diga que está vendendo uma "espada de duas mãos", diga que é uma Zweihänder de aço, feita pelos ferreiros élficos da floresta das trevas. Não diga que aquele arco na parede da loja é um "arco longo + 1", diga que é um arco de guerra esculpido do tronco de um Ent que caiu na batalha contra a feiticeira da Floresta Negra.

Em suma, capriche na descrição, dê nomes às armas, invente uma pequena história para elas. E tudo fica melhor ainda se o jogador ou o mestre desenhar as armas. 




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