terça-feira, 25 de maio de 2021

O que está acontecendo com as ilustrações de RPG?

Saudações, taverneiros, aventureiros e NPCs!

Antes de mais nada, gosto é de cada um, e o texto a seguir é minha opinião e minhas impressões pessoais sobre a arte que tem sido escolhida para ilustrar os livros de RPG de D&D recentemente...  

Hoje em dia parece que todas as ilustrações de livros de RPG são na verdade ilustrações de campeões de LOL, Team Fortress, etc. e não de heróis de fantasia medieval, numa verdadeira "gamificação" das figuras, que na minha opinião, acabam quebrando um pouco do clima.

Reparem como tudo é bastante exagerado nessa figura.
Fonte: https://dnd.wizards.com/articles/features/fan-site-kit

Analisem a figura acima. Tudo nela é exagerado e há uma certa poluição visual em cada personagem quando observado individualmente. É como se cada personagem fosse sombrio, "frio e calculista", etc. Todas as "pontas" (das armas, roupas, etc.) são afiadas, todas as cores são escuras, todas as armas que os personagens usam tem um jeito de "arma lendária destruidora de demônios", nenhuma parece normal. Duvido que qualquer monstro sobreviva a um encontro com um só personagem destes que estão representados. Além disso, parece um cartaz de filme de super-herói, e não uma cena que esteja realmente acontecendo. Não tem autenticidade aí. É puro marketing.

Sinceramente, que Halfling mal desenhada...


Essa "gnoma" parece o Smeágol antes de perder o cabelo

Outro detalhe é que nas ilustrações atuais alguns personagens são feitos
 com feições desenhadas em um nível que beira o cômico, quase lembrando animações em CGI em alguns aspectos, como as ilustrações acima.

Agora notem como as ilustrações abaixo tem um ar de "artificialidade", ou seja, não há verossimilhança - nada parece natural a respeito delas, é como se não tivessem vida:

Eu não sei explicar bem, mas nada faz sentido para mim nessa imagem. Embora seja um jogo de fantasia e imaginação, estas imagens parecem "artificiais" - se aquele mundo de fantasia existisse, imagino que não seria do jeito que está sendo retratado aqui: por quê uma criatura meio-dragão precisaria de armadura? Por quê o anão usaria uma armadura que o torna incapaz de passar pela maioria das portas? Como o anão se abaixa para pegar coisas que estejam no chão? Como que a armadura do humano parece ser feita de metal e de pano ao mesmo tempo? Os únicos que parecem mais verossímeis são o hobbit halfling, o meio-elfo, o elfo, e o Shrek meio-orc.

Vejam só esta outra imagem, capa alternativa do mais recente lançamento de Ravenloft (Van Richten's Guide to Ravenloft):


Tudo está estilizado demais, a meu ver só para fins de apelo visual. Reparem nas roupas exageradas da "mulher-pirata" da capa: provavelmente é resistente a magia, afinal uma roupa tão chamativa precisa ter alguma coisa de especial. A espada que ela está usando, com a guarda tão trabalhada, com certeza tem o poder de destruir monstros com um só golpe, porque deve ter custado bem caro. O zumbi à esquerda parece que está fumando. O Conde Strahd quase se confunde com o background (por causa da escolha de cores), e sua espada com "meia guarda" para a mão não faz muito sentido prático. Praticamente não há profundidade na cena, nenhuma das cores parece natural e a lamparina na mão da pirata parece que só projeta luz em um pequeno círculo ao redor dela própria. 
Sinceramente, o melhor desenho nesta capa é o lobisomem à direita, e mesmo assim ele parece um rascunho que pintaram de cinza.

Comparem com uma imagem "semelhante", também de Ravenloft, só que da época de AD&D 2e (capa do kit Forbidden Lore):


Eu não sei quanto a vocês, mas a 2ª imagem me parece muito mais bem feita e melhor desenhada, em todos os aspectos: cores, luz, sombras, as roupas da personagem, o cenário, profundidade, e por aí vai. Essa imagem é realista e de uma maneira sem exageros. Tem realmente uma cena aí, tem alguma coisa acontecendo, não é somente uma figura que parece legal. 

A imagem anterior é chata e sem vida. Parece um flyer de propaganda de uma festa universitária, e não uma capa de livro. Parece que foi feita só para fins de marketing. Não é autêntica. Parece uma selfie com filtros de um aplicativo de fotos.

Ainda falando de Ravenloft, na minha opinião o design do Conde Strahd para a 5ª edição de D&D é, digamos, bastante sem graça. 

Quiseram "embelezar" o vampiro, deixá-lo com aparência mais jovem, mas isso acabou descaracterizando o vilão. Ele agora parece mais um anti-herói do que um verdadeiro vilão. Comparem as figuras abaixo (a primeira com o novo design, usado desde o lançamento de Curse of Strahd, e as outras duas dos anos 80 e 90)

A clássica inimizade Strahd vs Azalin - para ser justo, o design do Azalin melhorou bastante em relação ao da Black Box

O design original deixava claro que Strahd é um vilão. Além disso, notem como o cenário é rico. notem o jogo de luz e sombras, os pequenos detalhes... Isso foi feito sem os recursos que existem hoje em dia, e ficou melhor!

Na minha opinião, a melhor representação de Strahd é essa, do Domains of Dread.

Creio que a mudança de design do vampiro também tenha sido uma tentativa da WotC de afastar a imagem de seu personagem da imagem do ator Bela Lugositalvez por questões de direitos de imagem. Será que descendentes do ator estavam exigindo receber uma parte dos royalties relacionados ao personagem Strahd von Zarovich? Não me parece uma possibilidade remota, tendo em vista o histórico de seu filho, também chamado Bela Lugosi, advogado e ativista dos direitos das celebridades. Na minha opinião, isso deve ter tido algum peso nessa decisão.

Na edição 3.5, os traços (pelo menos os de Ravenloft) ficaram em um estilo próximo do "mangá" (mas sem o exagero que se vê nos livros do cenário "Tormenta", por exemplo) e com armas e armaduras mais realistas do que o estilo atual. É agradável aos olhos e não há muita "poluição visual". Vejam abaixo:

Esta imagem tem exemplos de todas as raças de personagens para Ravenloft 3.5. Uma mudança bizarra em relação ao AD&D 2e foi que os Gnomos passaram a ser caracterizados como "góticos irônicos que gostam de humor negro", enquanto que antes eles eram uma raça baseada na sociedade romana, vestiam togas e tinham nomes em latim. Foi uma mudança drástica de uma edição para a outra, e seria interessante saber o motivo... Não que eu goste de jogar com personagens gnomos.

Agora, falando sobre a arte dos livros na época anterior à 3ª edição: havia artes mal feitas? Sim, claro! Mas no geral, antes os desenhos eram mais sóbrios e tinham aquele aspecto artesanal que dava um charme de "livro antigo", fazendo destes livros quase atemporais. Não sei explicar bem, mas elas têm um apelo quase nostálgico (talvez por eu ter jogado AD&D quando criança) e há um quê de realismo nas cenas desenhadas: as armaduras e armas faziam sentido, e a maneira como as coisas estão desenhadas realmente cria uma ilusão de que "esta cena pode ter realmente ter acontecido há muito tempo, em outra era", ou seja, há verossimilhança. Talvez a palavra-chave seja essa mesma. Isso explica porque os desenhos daquela época pareciam mais naturais do que os de hoje em dia. Vejam a ilustração abaixo:


Esse estilo mais sóbrio é, na minha opinião, bastante superior ao atual e muito mais "fantástico". Tem vida nesta cena.



Agora, para ser justo: muitas ilustrações de AD&D eram claramente "artesanais", pintadas à mão. Ao mesmo tempo que isso dava um charme, havia algumas que não eram tão boas assim em termos de acabamento (principalmente as que ilustravam algumas das classes de personagem no Livro do Jogador de AD&D 2e - mas ainda assim eram muito mais verossímeis que as que são feitas hoje em dia, não tinham o jeito de "produto 100% comercial" que as de hoje em dia têm), mas o que eu quis analisar com este post não são as ilustrações individualmente, e sim o "estilo" e a "estética" da época

Justamente o estilo e a estética "artesanais" faziam com que as ilustrações do AD&D 2e bem como o dos RPG daquela época em geral fossem simplesmente melhores do que os de hoje em dia, apesar de todos os recursos tecnológicos que os artistas têm à disposição atualmente. 

Não vou ser hipócrita aqui: apesar de tudo o que escrevi, todos os que desenharam as artes que apresentei neste post, mesmo aquelas que classifiquei como sendo ruins, desenham melhor do que eu. Não sou nenhum artista, não sou um mestre do desenho. Mas o fato de desenharem melhor do que eu (e melhor do que a maioria das pessoas) não os isenta de críticas, obviamente. Só é uma pena que eu não possa "ir lá e fazer melhor", porque, se pudesse, eu faria.

Talvez o excesso de ferramentas tenha feito os artistas perderem alguma coisa no caminho, por dependerem menos de seus talentos para criarem belas imagens.   

Tudo tem seu preço.



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11 comentários:

  1. CRISE DE CRIATIVIDADE SISTÊMICA OU LOCALIZADA ?

    Saudações, ó Bardo da Névoa, desde aqui de dentro da noite fria e tempestuosa em que o meu castelo se encontra imerso, e na qual eu aproveito para ler "livros de antigas ciências ancestrais" - como diria o infeliz protagonista do poema O Corvo, de Edgard Allan Poe.

    Suas reflexões críticas concernentes à qualidade das ilustrações de RPG atuais, comparando com o que se fazia em épocas passadas foram muito oportunas. Eu apenas ampliaria tal observação, estendendo-a para além - como um fenômeno observado em todas as manifestações de Arte atuais.

    É fácil constatar que esse processo de decadência, em que a maioria dos aspectos envolvendo qualquer elaboração artística parecem ter sido subvertidos, trata-se de um fenômeno amplamente encontrado hoje em dia em praticamente todas as Artes, não demonstrando acompanhar o mesmo progresso tecnológico do qual, muitas vezes, se servem os artistas atuais para realizarem as suas obras.
    Diria então que estamos vivenciando uma época típica, envolvendo uma crise de criatividade. Crise absurda porque não representa uma falta ou ausência daquilo que poderia ser apresentado, mas sim porque aquilo que se é apresentado assim o é quase sempre de um modo feio, deselegante, sem refinamento e nem substância. Enfim, "não há vida", como tu bem sublinhaste várias vezes em tua explanação, Bardo.

    Essa questão da "crise de criatividade" atual afeta de um modo particularmente cruel as Artes tal como conceitualmente elas são consideradas, posto que, em termos de desenvolvimento tecnológico, por exemplo, a criatividade expressa nessa área (e manifestada nos diferentes aparatos que são consecutivamente oferecidos a quem puder comprá-los) aparentemente nos parece como algo notoriamente pujante. Os modelos de televisores e celulares, cada vez mais sofisticados a cada lançamento, atestam essa realidade.

    Em contraste, todas as formas e expressões artísticas no geral acabaram sendo afetadas por um processo de decadência particular.
    Nenhuma dessas formas e expressões escaparam ao fenômeno.
    Assim, dificilmente é possível encontrar, hoje em dia, na música, no cinema, na literatura, etc algo que apresente qualidade e se configure positivamente como um diferencial a ser admirado. Resumindo, "tem-se atualmente excelentes guitarras, mas muitos poucos capazes de tocá-las bem".

    Qualquer colecionador de histórias em quadrinhos, por exemplo, percebe como as obras antigas, apesar dos parcos recursos tecnológicos da época, mostram-se bem mais interessantes e superiores àquilo que é produzido modernamente.

    Tony

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  2. A CRISE DE CRIATIVIDADE LIMITADA AOS PARÂMETROS DE UMA NATUREZA BEM ESPECÍFICA


    Conforme assinalei em minha modesta reflexão anterior, a "crise de criatividade", como verificada nas ilustrações atuais, não pode ser considerada sistêmica, pois parece se limitar - e ser ostensiva - ao âmbito das Artes convencionais em particular - embora não se aplique ao contexto humano em geral.
    É assim que as excessões também se observam em muitas outras áreas, como, por exemplo, na evolução do desempenho apresentado nas atuais demonstrações de Ginástica Olímpica (agora chamada "Ginástica Artística"), em que o grau de dificuldade na execução dos movimentos evoluiu consideravelmente em relação ao que se verificava nas décadas anteriores.
    E, nas Artes Marciais, talvez o maior nível de evolução tenha ocorrido no Tae-Kwon-Do, que não se manteve preso às formas clássicas do seu sistema e estilo, mas incorporou elementos inovadores ao seu conjunto de técnicas - através do desenvolvimento de chutes mais complexos e sofisticados (como os chutes em rotação), que evoluiram de outros mais simples e menos elaborados.
    E enganam-se os que acham que tais chutes servem somente como uma mera atração para exibições públicas, sem aplicação prática efetiva em combate real.
    Uma pancada de um chute desses, desferido com relativa facilidade por um expert bem treinado, pode significar a morte.

    Tony

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  3. Obs. : problemaço pra postar comentários na matéria "Duelo Stephen King vs H. P. Lovecraft".
    Independentemente do tamanho do texto, os comentários não são postados.

    Tony

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    1. Problema sanado !
      Consegui postar !

      Tony

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    2. Obrigado pelos comentários, Tony! Talvez o problema seja com a postagem anônima (que eu também tenho dificuldades para postar às vezes em outros blogs).

      Acredito que a crise da criatividade é explicada, ao menos parcialmente, pelo excesso de recursos à disposição dos artistas atualmente. Muito desenhista hoje em dia nem deve saber usar caneta e lápis, por exemplo, só sabe desenhar na mesa digitalizadora (a mais famosa é da marca Intuos). O excesso de facilidades acaba fazendo com que muitos não aprendam técnicas e truques ("pulos do gato") que antigamente os artistas conheciam por necessidade, pois não havia muitos recursos e então precisavam se virar com o que tinham.
      O design das coisas, como você mencionou no caso das TVs e smartphones, está simplista demais. Este foi legado nefasto do Steve Jobs - esse "culto" ao minimalismo, que simplificou demais o jeito como alguns produtos são desenhados hoje em dia. Todo celular é um pedaço de vidro negro, todo celular é igual na aparência, não há criatividade. Os monitores de TV e de computador também são todos iguais, e hoje em dia tudo é feito de plástico escuro e sem vida. O sentido do tato é subvalorizado, e por isso que esses produtos com design simplista de plástico vagabundo são empurrados para o mercado. O ser humano precisa de coisas reais para se sentir bem, precisa inclusive tocá-las. Por isso é tão agradável tocar em um móvel feito de madeira maciça, em jóias feitas de ouro e prata, em ferramentas antigas feitas de ferro, e por aí vai. O relevo também é importante, mas hoje em dia quase tudo é liso e sem detalhes, sem entalhes, e por aí vai.

      Há alguma coisa ancestral e profunda no tato, e infelizmente o design "involuiu" e transformou tudo em plástico liso e sem vida. Torço para que algum dia isso mude.

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    3. Excelentes suas matérias aqui no blog, Bardo das Névoas !
      Pena que sejam poucos os veículos que se prestam a trazer informações com esse nível de qualidade em idioma português. A maioria dos blogs e sites não passa de puro lixo superficial ou então acabam nisto se convertendo, com o tempo.

      Seu comentário complementa a matéria pois acrescenta algumas observações pertinentes.

      Assim, quando você relata que "Muito desenhista hoje em dia nem deve saber usar caneta e lápis, por exemplo, só sabe desenhar na mesa digitalizadora" isso descreve uma realidade que é assustadora, posto que até mesmo o hábito da escrita manual vem sendo desestimulada, quando não abandonada, pelo uso crescente de tablets, celulares e PC's.
      As implicações disso a médio prazo podem ser catastróficas, se considerarmos alguns estudos já realizados sobre essa questão - que passa praticamente desapercebida pela maioria. Um fenômeno cujas repercussões podem ir além da simples questão de "saúde pública".
      E não é exagero.

      Alguns estudos preliminares apontam que o hábito tradicional da escrita e do desenho manual cria um tipo de circuito ou estímulo neuro-cerebral extremamente importante para o desenvolvimento das funções cognitivas - coisa que se perde com o simples ato de digitar letras num teclado.
      Em outras palavras, alguns estudos revelam que substituir a prática da escrita corrente, manual, pode provocar um "emburrecimento" nos indivíduos.
      Qualquer semelhança com o que se verifica na sociedade atual não me parece ser mera coincidência. Verifico constantemente pessoas com formação de nível superior que são semi-analfabetas, não sabem escrever e possuem enorme deficiência na capacidade de interpretação de textos. Precisam de calculadoras pra realizar cálculos simples e dependem de "corretores ortográficos" pra "escrever".
      O hábito da leitura também está sendo trocado pelos vídeos. Ninguém mais sequer quer ler uma simples receita de bolo quando preferem assistir a um vídeozinho sobre como fazer o bolo.

      Logicamente, a capacidade cognitiva (e a inteligência) simplesmente entra em colapso e se atrofia nesses indivíduos.

      Um outro estudo do qual também me recordo no momento aponta para o fato de que a leitura tradicional (no papel) é muito mais indicada e saudável porque a nossa visão conjuntamente com o nosso cérebro apresenta uma determinada capacidade peculiar de captar na periferia de cada letra impressa certas características sutis que são exclusivas das palavras impressas e escritas tradicionalmente - coisa que deixa de existir nas palavras digitalizadas. Novamente aqui, tem-se a interrupção de um estímulo neuro-cerebral que implica não apenas em futuros problemas visuais como em déficit cognitivo, posto que as tais características sutis assinaladas atuam como fatores de estimulantes de alguns importantes circuitos - os quais deixam de existir com a leitura de textos digitais. Enfim, celulares e demais dispositivos são verdadeiras máquinas para o emburrecimento.

      Não é à toa que filhos de multimilionários nos EUA são enviados pra estudar em escolas tradicionais, que não abandonaram o uso do pápel e do lápis.

      Quanto à questão do design dos atuais dispositivos tecnológicos, sempre monótonos, como apontado em seu comentário, não há o que contestar pois embora os recursos que esses dispositivos trazem estejam sempre evoluindo (tvs com "cem milhões" de cores e cujo som é "expansível em ondas nanométricas com tripolaridade radial"), seus designs mantém-se como o da maioria dos carros, quase sempre iguais uns aos outros.

      Os antigos fundadores da famosa Bauhaus devem estar se remexendo em seus túmulos.

      Tony

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    4. P.S.: nota-se alguns (poucos) erros no meu texto.
      Normal, escrevi tudo de um só fôlego, o corretor ortográfico do meu celular foi por mim desabilitado e o próprio celular que uso é menor que minha mão (tem 12,5 cm de comprimento).

      Assim, estou desculpado. Haha!!!

      E agora, vou deixar o celular de lado e, como citei a famosa escola alemã de design "Bauhaus", vou ouvir então "Bela Lugosi's Dead", da outra Bauhaus - esta a famosa banda de Rock Gótico inglesa.

      Tony

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    5. Caro Tony,

      você está certo em tudo o que escreveu sobre os problemas de não se incentivar a escrita "a mão" e sobre a grande vantagem de ler no papel em relação a ler na tela. Isso, na minha opinião já é um problema de saúde pública...

      Caso não tenha lido ainda, recomendo a leitura dos livros do Professor Pier Luigi (in memorian). Ele fala exatamente isso tudo o que você escreveu. Com certeza você irá gostar da leitura.
      Infelizmente, o professor Pier deixou o mundo dos vivos faz alguns anos, mas seu legado viverá. Pelo menos no que depender de mim, contribuirei para espalhar suas ideias.

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    6. Saudações, Bardo da Névoa !!!

      Muito obrigado mesmo pela indicação dos livros do Professor Pier Luigi.
      Eu não conhecia esse estudioso.

      É muito bom saber que há obras publicadas tratando dessa problemática com a devida seriedade que o tema merece.
      Sobre esse assunto, eu só havia lido alguns poucos artigos, há alguns anos.
      Portanto, com toda a certeza, eu irei procurar os trabalhos do mencionado Professor.

      Mais uma vez, agradeço pela valiosa indicação, fundamental nesses tempos de "pandemia tecnológica", em que as tradicionais formas de educação estão sendo substituídas por todo tipo de aparato sem que sejam consideradas as implicações negativas que tais abusos podem acarretar.

      Conforme eu pude esclarecer em meu comentário, não sou adepto de vídeos em larga escala, pois acredito que a LEITURA seja realmente algo fundamental. No entanto, também não sou extremista ao ponto de dispensar vídeos que mereçam ser analisados. Afinal, isso é muito melhor do que ser um mero telespectador da programação de tvs.
      Encontrei um vídeo do Prof. Luigi, intitulado "Como o Cérebro Aprende", quando estava procurando pelas obras escritas por ele a partir dessa sua indicação, Bardo.
      Gostei muito logo que assisti. Percebe-se que o Professor era, de fato, alguém que tinha amplos conhecimentos.
      Afinal, só por ser um ferrenho crítico de Paulo Freire e de Piaget, o Professor Luigi já merece toda a minha simpatia.

      Tony

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  4. Excelente post, nobre Bardo da Névoa. Colocou de forma muito clara e coerente tanto seus argumentos quanto toda a situação por trás que está causando toda essa mudança que, também ao meu ver, é bastante negativa para o hobby. E parabéns pelo excelente blog. Estou o adicionando à lista de parceiros de Halls of Valhalla.

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    1. Muito obrigado, grande Odin! Vamos manter a chama do Old School acesa!

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